Contribuições da filosofia da ciência, na perspectiva de Popper e Lakatos, para o estudo da inovação: uma análise das teorias neoclássica schumpeteriana e neo-schumpeteriana

  • Fabrício Baron Mussi Pontifícia Universidade Católica Universidade Federal do Maranhão
  • Andre da Silva Zembro Polytechnic Institute of Technology and Sciences - ISPTEC
  • Aline Alvares Melo Pontifical Catholic University of Parana (PUCPR) Federal University of Maranhão
Palavras-chave: Inovação, teoria econômica, critérios de cientificidade, Schumpeter, falsacionismo, programas de investigação científica

Resumo

O objetivo deste artigo é pesquisar – a partir de dois critérios de delimitação (Popper e Lakatos) – a cientificidade da teoria da inovação. Analisa-se a inovação a partir de três temas macro: (i) a corrente neoclássica da teoria econômica; (ii) a introdução da teoria da inovação e dos manuscritos mais recentes de Schumpeter; e (iii) as contribuições da corrente neo-chumpeteriana da inovação. Conclui-se que o tema da inovação responde aos critérios para categorizar a cientificidade, e que isto tem implicações no campo dos estudos sobre o tema em aspectos como: a construção / transmissão do conhecimento, a evasão do "sentido comum", e o uso do "método" como recurso para construir o conhecimento científico.

Biografia do Autor

Fabrício Baron Mussi, Pontifícia Universidade Católica Universidade Federal do Maranhão
Doutoranda em Administração pela PUCPR. Atualmente é Professora Assistente do Departamento de Ciências Contábeis e Administração da Universidade Federal do Maranhão.
Andre da Silva Zembro, Polytechnic Institute of Technology and Sciences - ISPTEC
Professor at Polytechnic Institute of Technology and Sciences - ISPTEC. PhD student at Business School Graduate Program (PPAD). Pontifical Catholic University of Parana (PUCPR), Curitiba City, Parana, Brazil.
Aline Alvares Melo, Pontifical Catholic University of Parana (PUCPR) Federal University of Maranhão
PhD student at Business School Graduate Program (PPAD). Pontifical Catholic University of Parana (PUCPR), Curitiba City, Parana, Brazil. Professor at Federal University of Maranhão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.generic.ArticleMetadataByBiteca.languages##:

en

Biografia do Autor

Fabrício Baron Mussi, Pontifícia Universidade Católica Universidade Federal do Maranhão
Doutoranda em Administração pela PUCPR. Atualmente é Professora Assistente do Departamento de Ciências Contábeis e Administração da Universidade Federal do Maranhão.
Andre da Silva Zembro, Polytechnic Institute of Technology and Sciences - ISPTEC
Professor at Polytechnic Institute of Technology and Sciences - ISPTEC. PhD student at Business School Graduate Program (PPAD). Pontifical Catholic University of Parana (PUCPR), Curitiba City, Parana, Brazil.
Aline Alvares Melo, Pontifical Catholic University of Parana (PUCPR) Federal University of Maranhão
PhD student at Business School Graduate Program (PPAD). Pontifical Catholic University of Parana (PUCPR), Curitiba City, Parana, Brazil. Professor at Federal University of Maranhão.

Referências

Aghion, P., & Festré, A. (2017). Schumpeterian growth theory, Schumpeter, and growth policy design. Journal of Evolutionary Economics, 27(1), 25-42. https://doi.org/10.1007/s00191-016-0465-5

Albach, H. (1993). La Economia de la empresa como ciencia. Alcalá: Universidad de Alcalá.

Baregheh, A., Rowley, J., & Sambrook, S. (2009). Towards a multidisciplinary definition of innovation. Management decision, 47(8), 1323-1339. https://doi.org/10.1108/00251740910984578

Boldyrev, I. A. (2012). Philosophy of Science or Science and Technology Studies? Economic Methodology and Auction Theory. International Studies in the Philosophy of Science, 26(3), 289-307. https://doi.org/10.1080/02698595.2012.731732

Bunge, M. A. (1980). Ciência e desenvolvimento. Itatiaia.

Chalmers, A. F. (1993). O que é ciência, afinal?./AF Chalmers; Cap. VIII, Teorias como Estruturas: Os paradigmas de Kuhn, p: 123-133, tradução de Raul Fiker.

Collodel, M. (2016). Was Feyerabend a Popperian? Methodological issues in the history of the philosophy of science. Studies in History and Philosophy of Science Part A, 57, 27-56. https://doi.org/10.1016/j.shpsa.2015.08.004

Damke, E. J., Walter, S. A., & da Silva, E. D. (2010). A Administração é uma Ciência? Reflexões Epistemológicas acerca de sua Cientificidade. Revista de Ciências da Administração, 12(28), 127.

De Mattos, L. C. (2003). O que diria Popper à literatura administrativa de mercado?. Revista de Administração de Empresas, 43(1), 1-11.

De Mattos, P. L. C. (2009). "Administração é ciência ou arte?": o que podemos aprender com este mal-entendido?. RAE-Revista de Administração de Empresas, 49(3), 349-360. https://doi.org/10.1590/S0034-75902009000300009

Dos Reis, J. A. F., Colla, J. E., & Cruz, J. A. W. (2013). ADMINISTRAÇÃO: REFLEXÕES A RESPEITO DE SUA CIENTIFICIDADE. Revista de Administração da UEG, 4(3), 10.

Dosi, G. (2006). Technological Paradigms and Technological Trajectories. In: Revista Brasileira de Inovação. 1(5).

Dosi, G., Fagiolo, G., & Roventini, A. (2010). Schumpeter meeting Keynes: A policy-friendly model of endogenous growth and business cycles. Journal of Economic Dynamics and Control, 34(9), 1748-1767. https://doi.org/10.1016/j.jedc.2010.06.018

Erixon, L. (2014). Is firm renewal stimulated by negative shocks? The status of negative driving forces in Schumpeterian and Darwinian economics. Cambridge Journal of Economics, beu068.

Fagerberg, J. (2004). Innovation: a guide to the literature.

García Jiménez, L. (2008). Aproximación epistemológica al concepto de ciencia: una propuesta básica a partir de Kuhn, Popper, Lakatos y Feyerabend. Andamios, 4(8), 185-202.

Gomes, E. D. O., Amarante, J. M., Caldas, L. M., Basaglia, M. M., & Cantagallo, M. V. (2013). REPENSANDO A ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA: UM ENSAIO TEÓRICO. Maringá Management, 10(3), 7-16.

Hands, D. W. (1985). Karl Popper and economic methodology: a new look. Economics and Philosophy, 1(01), 83-99. https://doi.org/10.1017/S0266267100001905

Johann, E. R., & Duclós, L. C. (2013). A Administração como ciência orientada à prática. adm, 6, 2.

Kotsemir, M. N., Abroskin, A., & Meissner, D. (2013). Innovation concepts and typology–an evolutionary discussion.

Kuhn, T. S. (2003). A estrutura das revoluções científicas. Perspectiva.

Lakatos, I. (1971). History of science and its rational reconstructions. In PSA 1970 (pp. 91-136). Springer Netherlands. https://doi.org/10.1007/978-94-010-3142-4_7

Lakatos, I., & Musgrave, A. (1979). A crítica e o desenvolvimento do conhecimento: quarto volume das atas do Colóquio Internacional sobre Filosofia da Ciência, realizado em Londres em 1965. Tradução de Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix.

Lekachman, R. (1973). História das idéias econômicas. Bloch.

Lowenberg, A. D. (1989). Neoclassical economics as a theory of politics and institutions. Cato J., 9, 619.

Martini, R. A. (2014). UM ENSAIO SOBRE OS PROGRAMAS DE PESQUISA LAKATOSIANOS E A METODOLOGIA DA ECONOMIA NEOCLÁSSICA: CONTRIBUIÇÕES E CRÍTICAS. Análise Econômica, 32(62).

Martins, T. S., Rocha, D. T. D., & Cruz, J. A. W. (2011). Uma análise crítico-epistemológica da administração: construção, reconstrução e desconstrução?= A critical-epistemological analysis of business administration: construction, reconstruction and deconstruction?. Unopar científica: ciências jurídicas e empresariais.

Nelson, R. R. (2006). Schumpeter e as pesquisas contemporâneas sobre a economia da inovação. NELSON, Richard R. As fontes do crescimento econômico. Campinas: Editora da UNICAMP, 145-163.

Persson, U. (2016). Is Falsification Falsifiable?. Foundations of Science, 21(3), 461-475. https://doi.org/10.1007/s10699-015-9420-4

Popper, K. R. (1975). Conhecimento objetivo: uma abordagem evolucionária. Editora da Universidade de São Paulo.

Schumpeter, J. A. (1982). Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro eo ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural.

Silva, S. T. (2009). On evolutionary technological change and economic growth: Lakatos as a starting point for appraisal. Journal of evolutionary economics, 19(1), 111-135. https://doi.org/10.1007/s00191-008-0115-7

Simon, H. (1965). Comportamento Administrativo. FGV.

Sraffa, P. (1988). As leis dos rendimentos sob condições de concorrência. Clássicos de Literatura Econômica.

Szmrecsányi, T. (2009). Joseph A. Schumpeter-Economic Theory and Entrepreneurial History. RBI-Revista Brasileira de Inovação, 1(2), 201-224. https://doi.org/10.20396/rbi.v1i2.8648859

Taffarel, M., & da Silva, E. D. (2015). A cientificidade da administração em debate. Revista Administração em Diálogo-RAD, 15(3). https://doi.org/10.20946/rad.v15i3.13098

Tigre, P. (2006). Gestão da inovação: a economia da tecnologia no Brasil (Vol. 1). Elsevier Brasil.

Tigre, P. B. (1998). Inovação e teorias da firma em três paradigmas. Revista de economia contemporânea, 3, 67-111.

Weintraub, E. R. (1988). The neo-Walrasian program is empirically progressive. na. https://doi.org/10.1017/CBO9780511895760.011

Winter, S. G., & Nelson, R. R. (1982). An evolutionary theory of economic change. University of Illinois at Urbana-Champaign's Academy for Entrepreneurial Leadership Historical Research Reference in Entrepreneurship

Como Citar
Mussi, F. B., Zembro, A. da S., & Melo, A. A. (2017). Contribuições da filosofia da ciência, na perspectiva de Popper e Lakatos, para o estudo da inovação: uma análise das teorias neoclássica schumpeteriana e neo-schumpeteriana. Revista Facultad De Ciencias Económicas, 26(1), 9–25. https://doi.org/10.18359/rfce.2740
Publicado
2017-11-08
Seção
Artículos

Métricas

QR Code

Alguns itens similares: