Cooperação em Defesa no Cone Sul: a defesa como elemento integrador nas relações entre Brasil e Argentina
Resumo
O artigo pretende abordar a pergunta: Qual foi o papel da Cooperação em Defesa na configuração da relação entre o Brasil e a Argentina? A análise partiu da hipótese de que a Cooperação em Defesa serviu como elemento integral nas relações entre esses dois países: Brasil e Argentina; impactando consequentemente o Mercosul como um todo. Metodologicamente, a pesquisa adotou uma análise histórica e uma abordagem qualitativa, empregando técnicas de análise documental. Apesar dos conflitos históricos, a década de 1970 testemunhou uma mudança significativa na relação entre Buenos Aires e Brasília, e surgiram notáveis esforços de colaboração; no entanto, a aproxima- ção desses estados marcou uma mudança relevante no Cone Sul e pôde ser evidenciada desde 1978 na operação combinada “Operação Fraterno”, dentro das marinhas, até 2004 na cooperação tecno- lógica “Projeto Gaúcho”, dentro dos exércitos, e até 2010 no “Projeto KC-390” dentro das forças aéreas. A Cooperação em relação à Defesa desempenhou um papel fundamental nesse processo, pois serviu não apenas para fins militares, mas também como uma ferramenta diplomática, reforçando os laços de amizade. Em conclusão, a Defesa emerge como um elemento crucial para o sucesso da cooperação e integração, promovendo a confiança mútua e o companheirismo. Assim, este estudo confirma a hipótese de que a Cooperação em Defesa é um elemento integral da relação entre Brasil e Argentina, com potencial para facilitar a integração regional.
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