Malária autóctone: caso clínico

Resumo

Introdução: A malária ou paludismo é uma infecção parasitária frequente nas regiões tropicais do mundo, onde anualmente entre 300 e 500 milhões de pessoas são infectadas, sendo responsável por 1,5 a 2,7 milhões de mortes por ano. Hoje em dia, é considerada um problema
grave de saúde pública devido às condições que facilitam a reprodução e transmissão do parasita Plasmodium. Objetivo: O objetivo do manuscrito é apresentar o caso de uma paciente com malária autóctone. Caso clínico: Paciente do sexo feminino, 33 anos, que consultou por quadro clínico de doze dias de evolução consistente em cefaleia frontal de alta intensidade do tipo pulsátil, associada a mialgias, artralgias, picos febris não quantificados, calafrios, diaforese e inapetência. O exame físico não mostrou evidências de alterações. No entanto, os exames revelaram leucopenia com trombocitopenia
moderada e, no esfregaço de sangue periférico, observaram-se glóbulos vermelhos parasitados com Plasmodium spp, o que foi confirmado pelo estudo de gota espessa positivo para Plasmodium falciparum (contagem de 80 trofozoítos/μl de sangue). Foi administrado tratamento
com arteméter+lumefantrina e primaquina. Após o término do tratamento, a paciente retornou à
consulta com gota espessa de controle negativa para hemoparasitas, confirmando um controle clínico
adequado da doença. Conclusões: A malária autóctone é definida como um caso apresentado em áreas sem transmissão prévia, onde se deve avaliar os residentes que tiveram contato com o caso e que apresentem sintomas, bem como estudar os possíveis vetores.