Cuotas raciales en la universidad frente al estado de excepción
Resumen
Existe una interrelación entre Bioética y Educación, como se indica en la Declaración Universal sobre Bioética y Derechos Humanos y en la Declaración Universal de Derechos Humanos. La Universidad de Brasilia comenzó un programa de acción afirmativa mediante la reserva de cupos para negros en los programas de pregrado. En primer lugar, se realizó un análisis investigativo de los datos resul- tantes y contradicciones de estos cupos. A continuación, la reflexión aborda esta cuestión desde la perspectiva del Estado de Excepción. La población brasileña es altamente mestiza. Las puntuaciones de los potenciales beneficiarios de los cupos y de los demás candidatos se sobreponen. La cuestión racial involucra una herencia biológica, que se transpone como una herencia de ventajas y privilegios a través de generaciones, lo cual está en contra del Estado Democrático de Derecho. La implantación de los cupos por raza en la prueba de admisión a la universidad requirió la creación de un jurado racial, que presenta estructuras típicas de un tribunal de excepción. La experiencia en la universidad sirvió como base para la propuesta de otras leyes con sesgo racial.
Descargas
Lenguajes:
enReferencias bibliográficas
Agamben, G. (2004). Estado de Exceção. Belo Horizonte: Boitempo.
Agamben, G. (2007). Homo sacer: o poder soberano e a vida nua. Belo Horizonte: Editora Universidade Fedaral de Minas Gerais [UFMG].
Azevedo, C. (2004). Cota racial e Estado: abolição do racismo ou direitos de raça? Cadernos de Pesquisa, 34(121), 213-239. https://doi.org/10.1590/S0100-15742004000100010
Bletz, M. (2002). Brazil through elimination or ethnicity? The New Centennial Review, 2(2), 299-308. https://doi.org/10.1353/ncr.2002.0016
Boas, F. (1911). The mind of primitive man. New York: MacMillan Company.
Brasil, Supremo Tribunal Federal (2012). Notas taquigráficas da audiência pública. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, (186). Access in March 2015, from http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/processoaudienciapublicaacaoafirmativa/anexo/notas_taquigraficas_audiencia_publica.pdf
Carvalho, J. (2005). Usos e abusos da Antropologia em um contexto de tensão racial: o caso das cotas para negros na UnB. Horizontes Antropológicos, 11(23), 237-246. https://doi.org/10.1590/S0104-71832005000100018
Carvalho-Silva, D., Santos, F., Rocha, J. and Pena, S. (2001). The phylogeography of Brazilian Y-chromosome lineages. American Journal of Human Genetics, 68, 281-286. https://doi.org/10.1086/316931
Darwin, C. (19872). The origin of the species (6a Ed.). London: John Murray.
Foucault, M. (1975). Os anormais. São Paulo: WMF Martins Fontes.
Franca, L.(1955). A crise do mundo moderno. Rio de Janeiro: Agir.
Freyre, G. (1933). Casa grande e senzala. Rio de Janeiro: Global.
Fry, P., Maggie, Y. (2004). Cotas raciais – construindo um país dividido. Econômica, 6(1), 153-161.
Garrafa, V., Kottow, M. and Saada, A. (2006). Bases conceituais da Bioética: enfoque latinoamericano. São Paulo: Gaia.
Guerreiro-Júnior, V., Bisso-Machado, R., Marrero, A., Hunemeier, T. et al. (2009). Genetics signature of parental contribution in black and white populations in Brazil. Genetics and Molecular Biology, 32(1), 1-11. https://doi.org/10.1590/S1415-47572009005000001
Hunemeier, T., Carvalho, C., Marrero, A., Salzano, F. et al. (2007). Níger-Congo speaking populations and the formation of the Brazilian gene pool: mtDNA and Y-chromosome data. American Journal of Physical Antrhopology, 133, 854-867. https://doi.org/10.1002/ajpa.20604
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. Brasil. Censo de 2010. Access in March 2015, from http://censo2010.ibge.gov.br/resultados
Joly, A. (2002). Botânica: introdução à taxonomia vegetal (13ª Ed.). São Paulo: Companhia Editora Nacional.
Kaufmann, R. (2011). A desconstrução do mito da raça e a inconstitucionalidade de cotas raciais no Brasil. Direito Público, 36, 18-54. https://doi.org/10.11117/22361766.36.01.03
Kroth, V. and Neto, D. (2006). Políticas de cotas para afrodescendentes no Brasil: considerações sobre a constitucionalidade e a finalidade de sua adoção. Em Tese, 3(1), 18-43.
Llamas, J. (2013). Ética, equidad y meritocracia en la mercantilización de la educación superior colombiana. Revista Latinoamericana de Bioética, 13(1), 8-17. https://doi.org/10.18359/rlbi.566
Maggie, Y. (2005). Políticas de cotas e o Vestibular da UnB ou a marca que cria sociedades divididas. Horizontes Antropológicos, 11(23), 286-291. https://doi.org/10.1590/S0104-71832005000100029
Maggie, Y. and Fry, P. (2004). A reserva de vagas para negros nas universidades brasileiras. Estudos Avançados, 18(50), 67-80. https://doi.org/10.1590/S0103-40142004000100008
Magnoli, D. (2009). Uma gota de sangue: história do pensamento racial. São Paulo: Editora Contexto.
Maio, M. and Santos, R. (2005). Política de cotas raciais, os olhos da sociedade e os usos da Antropologia: o caso do Vestibular da Universidade de Brasília. Horizonte Antropológico, 11(23), 181-214. https://doi.org/10.1590/S0104-71832005000100011
Moura, C. (1988). Sociologia do Negro Brasileiro. São Paulo: Ática.
Munanga, K. (2001). Políticas de ação afirmativa em benefício da população negra no Brasil: um ponto de vista em defesa das cotas. Sociedade e Cultura, 4(2), 31-43.
O Globo. CCJ aprova cota para deputado negro. O Globo, 31/10/2013. Access in November 2015, from http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/10/ccj-da-camara-aprova-cota-racial-para-deputados-federais-e-estaduais.html
Papavero, N. (1994). Fundamentos práticos de taxonomia zoológica. São Paulo: Unesp.
Pena, S. and Bortolini, M. (2004). Pode a genética definir quem deve se beneficiar das cotas universitárias e demais ações afirmativas? Estudos Avançados, 18(50), 31-50. https://doi.org/10.1590/S0103-40142004000100004
Perias, M. (2004). Ação afirmativa: um estudo sobre a reserva de vagas para negros nas universidades públicas brasileiras. O caso do Estado do Rio de Janeiro (Dissertação de Mestrado). Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Sales, R. (2006). Democracia racial: o não-dito racista. Tempo Social, 18(2), 229-258. https://doi.org/10.1590/S0103-20702006000200012
Sanches, M.A., Souza, W. (2008). Bioética e sua relevância para a Educação. Revista Diálogo Educacional, 8(23), 277-287.
Santana, E. (2010). As políticas públicas de ação afirmativa na educação e sua compatibilidade com o princípio da isonomia: acesso à universidade por meio de cotas para afrodescendentes. Ensaio: Avaliação de Políticas Públicas em Educação, 18(69), 736-760. https://doi.org/10.1590/s0104-40362010000400005
Santos, I.A. and Nascimento, W.F. (2014). As medidas de quarentena humana na saúde pública: aspectos bioéticos. Bioethikos, 8(2), 174-185. https://doi.org/10.15343/1981-8254.20140802174185
Schmitt, C. (2007). Legalidade e legitimidade. Belo Horizonte: Del Rey.
Schramm, F. (2010). A bioética como forma de resistência à biopolítica e ao biopoder. Revista Bioética, 18(3), 519-35.
Schulz, R. and Wienke, F. (2012). O combate à injustiça racial à luz do princípio da igualdade: o caso do sistema de cotas no Brasil. Tomo, 20, 87-105.
Segato, R. (2006). Cotas: por que reagimos? Revista USP, 68, 76-87. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i68p76-87
Silva, G. (2006). Ações afirmativas no Brasil e na África do Sul. Tempo Social, 18(2), 131-165. https://doi.org/10.1590/S0103-20702006000200007
Tavolaro, L. (2010). Raça, classe e cultura no contexto das políticas de ação afirmativa: um esforço teórico-crítico a respeito da raça. Sociedade e Cultura, 13(2), 287-98.
Universidade de Brasília.( ). Vestibulares antigos. Centro de Seleção e Promoção de Eventos. Access in May 2014, from http://www.cespe.unb.br/vestibular/antigos.asp
Velloso, J. and Cardoso, C. (2011). Um quinquênio de cotas: as chances de ingresso de negros na Universidade de Brasília. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 92(231), 221-45.
Žižek, S. (2003). Bem-vindo ao deserto do real. Belo Horizonte: Boitempo.